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segunda-feira, 14 de março de 2011

Tratando o Alzheimeir dentro de casa

Dicas, cuidados e as melhores formas de lidar com o idoso que sofre com a doença e aliviar o estresse do cuidador.
O Alzheimer é uma doença degenerativa que envolve a perda gradativa de diversas capacidades importantes para o ser humano, como linguagem, memória, cálculos e julgamento, planejamento e organização e, posteriormente, funções motoras.
Os indivíduos com a doença precisam intensamente do auxílio de cuidadores, sejam eles da família ou profissionais contratados. Em ambos casos, o cotidiano destas pessoas é envolvido pelas necessidades integrais do idoso e, não raro, vivem em um dia a dia extremamente cansativo, que pode culminar em estados de puro estresse físico e emocional.
Para auxiliar familiares e cuidadores, identificamos com os profissionais do Residencial Israelita Albert Einstein (RIAE) – que atendem idosos com a doença – dicas práticas de como estimular a autonomia dos pacientes por mais tempo e de como facilitar a vida de quem acompanha esses indivíduos.
Antes da relação de dicas, leia um resumo das três principais fases da doença (que geralmente atinge os últimos 10 ou 15 anos de vida):
  • 1ª fase/Diagnóstico:
    O indivíduo passa a ter lapsos de memória e perda da noção de quantidade (uma nota de R$100 pode ser usada no lugar da de R$10, por exemplo).
  • 2ª fase/Moderada:
    A pessoa necessita de supervisão para tarefas rotineiras e, geralmente, um acompanhante para passeios fora de casa. Nesta fase ele pode desaprender o significado do farol vermelho, por exemplo, por isso é recomendado que não dirija mais.
  • 3ª fase/Grave:
    Está é a fase da dependência total para atividades como vestir, comer e usar o banheiro, e o paciente pode apresentar perda de linguagem e alucinações.
Vamos às dicas:

Planejamento

A primeira indicação, para a fase do diagnóstico, é procurar entender a doença e o seu desenvolvimento com o passar do tempo. Como é um processo praticamente irreversível, esse conhecimento pode auxiliar a família a criar um plano de ação. Por exemplo: vamos contratar um profissional em algum momento? Quando assumir as finanças do paciente?

Relação idoso x cuidador

O cuidador deve tentar deixar o paciente ativo, pelo tempo que for possível, em qualquer atividade. Tentar ajudá-lo apenas com o que ele não consegue realizar sozinho, e fazer apenas uma coisa de cada vez. Quando falar com o idoso, esteja presente, olhando nos olhos – isso facilitará a compreensão.
Para cuidadores profissionais, cuja fisionomia o idoso tem ainda mais dificuldade de memorizar, a indicação é sempre se apresentar todos os dias, dizendo o próprio nome e explicando que o seu papel é estar ali para auxiliá-lo.
Outra dica é não infantilizar o idoso com frases e modos de falar utilizados com crianças. Eles podem ficar constrangidos e irritados.

Comportamento

Geralmente, a doença acentua características de comportamento comuns ao indivíduo ao longo da vida. Espere de indivíduos que são agressivos, que ajam com maior agressividade – principalmente na fase em que percebem estar perdendo o controle das ações. Já as pessoas mais caladas, por exemplo, tendem a ficar ainda mais introvertidas.

Rotina

Introduzir novas tarefas a um paciente com Alzheimer é mais difícil. O ideal é realizar atividades semelhantes às que ele já fazia. Uma rotina que o paciente goste consegue deixá-lo ativo e engajado, com independência e autonomia por mais tempo.

Alimentação

Dê preferência a locais tranquilos e iluminados e use cores contrastantes entre o prato e a toalha de mesa – isso irá ajudá-lo na visualização dos alimentos.
Tome cuidado com os talheres. Prefira facas sem serra e, caso o idoso tenha tendência à agressividade e queira espetar a si ou aos outros, utilize colher ao invés de garfo.

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