Nos experimentos, os pesquisadores coletaram a hemolinfa (o equivalente a sangue nos insetos) de mosquitos contaminados pelo Plasmodium. Essa hemolinfa foi, então, transferida para mosquitos sadios, que, posteriormente, foram infectados pelo parasita. Os resultados mostraram que a hemolinfa transferida potencializou a resposta imunológica dos insetos: todos os mosquitos sadios, após a infecção pelo Plasmodium, eliminaram por completo o parasita. “Embora o Anopheles responda naturalmente ao Plasmodium, em alguns casos o parasita consegue completar seu ciclo de vida no organismo do mosquito”, explica o pesquisador Fábio Brayner, da Fiocruz Pernambuco.
A técnica de transferência de hemolinfa foi originalmente criada pelo pesquisador Luiz Alves, também da Fiocruz Pernambuco, e aprimorada pelo grupo. Com o uso de um microcapilar de vidro, eles retiraram a hemolinfa já diluída com anticoagulante, por meio de uma incisão no abdômen do mosquito. A transfusão foi feita com o auxílio de um microinjetor. Para avaliar o efeito da transferência de hemolinfa dos mosquitos contaminados para os sadios, os pesquisadores verificaram o número de parasitas (no estágio de oocistos) no intestino médio dos insetos. Entre o sétimo e o 14º dia após a infecção dos mosquitos sadios estimulados com a hemolinfa, os oocistos haviam sido eliminados.
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