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sexta-feira, 11 de março de 2011

Novo método diminui para uma semana o tempo de detecção do vírus da pólio

Foco de grandes campanhas anuais de vacinação, a poliomielite foi erradicada do país há 16 anos. O esforço de monitoramento sobre a possível reintrodução do vírus, no entanto, permanece como uma preocupação constante. Referência nacional e internacional para o tema e responsável pela vigilância epidemiológica da doença no Brasil e no Peru, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) acaba de aperfeiçoar o método de detecção do vírus. Mesclando a técnica indicada como padrão pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com técnicas moleculares, o procedimento desenvolvido pelo IOC reduz de três para uma semana o tempo para o resultado final, além de identificar o sorotipo de poliovírus ou de outro enterovírus (gênero ao qual os poliovírus pertencem) presente na amostra.

“Os poliovírus, conhecidos por causar a poliomielite, são os mais graves dentre os enterovírus. Porém, a doença é um evento muito raro. De mil pessoas infectadas com o vírus selvagem, somente uma ou duas irão desenvolver a doença paralítica. As outras terão sintomas como os de um resfriado comum e também podem acontecer casos de meningite”, explica o pesquisador Edson Elias, chefe do Laboratório de Enterovírus do IOC. Um dos desafios para a vigilância da doença é justamente a rara manifestação de sintomas mais graves, abrindo espaço para que possa ocorrer a circulação silenciosa do vírus. Situações em que a cobertura vacinal não é adequada causam ainda mais preocupação. “Eventualmente, foi observado a partir do ano 2000 que, em ambientes com baixa cobertura vacinal, os vírus atenuados utilizados na composição da vacina podem sofrer mutações e readquirir o fenótipo neurovirulento, com potencial para causar doença como se fosse um vírus selvagem. No Brasil não há registro de casos deste tipo, já que a cobertura vacinal é adequada”, esclarece.

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