Páginas

Pesquisar este blog

quinta-feira, 17 de março de 2011

Sintomas e tratamento da Hipertensão Arterial Pulmonar

Quais são os sintomas da HAP?

As alterações na vasculatura pulmonar descritas acima levam aos sintomas típicos da HAP. Os sintomas são causados pela alta resistência ao fluxo sangüíneo através dos pulmões e resulta em esforço aumentado do coração. Isso pode ter impacto importante na capacidade para o exercício ou para a realização das atividades diárias normais. Os sintomas iniciais comuns incluem:1-3
  • Falta de ar (dispnéia), particularmente na atividade física
  • Fadiga (cansaço físico)
  • Vertigem
  • Síncope, também na atividade física (raro)
  • Edema periférico
  • Dor no peito, particularmente durante a atividade física
Os sintomas podem não ser óbvios inicialmente e são freqüentemente atribuídos a condições mais comuns, tais como asma, fadiga geral ou falta de condicionamento físico. Ao longo do tempo, contudo, os sintomas podem se tornar mais graves e começar a limitar as atividades normais. Conforme a doença progride, alguns pacientes podem experimentar dispnéia constante e fadiga de forma que mesmo tarefas simples, tais como se vestir e andar curtas distâncias, tornam-se difíceis.

Como é tratada a HAP?

Não há atualmente cura para a HAP, mas os avanços no entendimento de como a doença se desenvolve resultou na existência atual de tratamentos disponíveis que têm ajudado a melhorar o prognóstico de pacientes com essa doença.

As principais opções de tratamento para pacientes com HAP são:

Tratamentos que são rotineiramente usados, mas com poucas evidências de um impacto sobre a doença:

  • anticoagulantes, tais como warfarina, destinado ao tratamento das alterações trombóticas observadas e a predisposição potencial para trombose in situ na microcirculação pulmonar
  • diuréticos, para tratamento de falência do coração direito
  • terapia com oxigênio, para manter a saturação de oxigênio > 90% continuamente
  • bloqueadores de canais de cálcio (BCCs). Menos de 10% dos pacientes com HAPI (Hipertensão Arterial Pulmonar Idiopática) beneficiam-se da terapia com BCCs. Essa estimativa é ainda mais baixa em outras formas de HAP. Se não usada em candidatos apropriados (pacientes com vasoreatividade demonstrada durante o cateterismo do coração direito), BCCs podem diminuir o débito cardíaco e a resistência vascular sistêmica sem qualquer melhora na PAP (Pressão Arterial Pulmonar) e na RVP (Resistência Vascular Pulmonar) e, por esse motivo, podem ser deletérios.2

Tratamentos que têm sido especificamente estudados na HAP

  • antagonistas do receptor de endotelina - a endotelina está implicada na patogênese da HAP através de ações sobre a vasculatura pulmonar. Acredita-se que a endotelina esteja elevada em pacientes com HAP e os níveis de endotelina estão diretamente relacionados à gravidade e ao prognóstico da doença. Os antagonistas do receptor de endotelina (AREs) são tratamentos orais que bloqueiam somente o receptor ETA ou ambos os receptores ETA e ETB.3,4
  • análogos de prostaciclina - podem ser administrados por infusão intravenosa ou subcutânea contínua ou via um nebulizador intermitente. Até este momento, agentes orais demonstraram eficácia limitada.
  • inibidores de fosfodiesterase 5 - induz a efeitos de relaxamento e antiproliferativos sobre as células musculares lisas vasculares prevenindo a redução nos níveis de GMPc.

Em casos muito graves, opções cirúrgicas podem ser consideradas:

  • septostomia atrial com balão
  • transplante de coração e de pulmão. Contudo, o uso de transplante está restrito pelo número limitado de doadores de órgãos. 

Fonte: http://www.hipertensaopulmonar.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário